Durante décadas, os progressistas tentaram usar eventos climáticos para justificar mudanças políticas. Mas sua última tentativa – uma nova proposta chamada “Grande Reset” – é o plano mais ambicioso e radical que o mundo já viu em mais de uma geração.
Em uma reunião virtual realizada no início de junho pelo Fórum Econômico Mundial(WEF), alguns dos líderes empresariais mais poderosos do planeta, funcionários de governos e ativistas anunciaram uma proposta para “redefinir” a economia global . Em vez do capitalismo tradicional, o grupo da “elite” disse que o mundo deveria adotar mais políticas socialistas, como impostos sobre a riqueza, regulamentos adicionais e programas governamentais semelhantes ao Green New Deal.
Klaus Schwab, fundador e presidente executivo do Fórum Econômico Mundial, em artigo publicado no Site do WEF disse:”Em resumo, precisamos de um ‘Grande Reset(Reinício)’ do capitalismo.”
Schwab também disse que “todos os aspectos de nossas sociedades e economias” devem ser “reformulados”, “da educação a contratos sociais e condições de trabalho”.
Progressistas em alta
Em adesão à Schwab no evento do WEF, o Príncipe Charles que é um dos principais defensores da Grande “Redefinição” (Great Reset) junto com Gina Gopinath, economista-chefe do Fundo Monetário Internacional; António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas; e CEOs e presidentes de grandes corporações internacionais, como Microsoft e BP.
Ativistas de grupos como o Greenpeace Internacional e uma variedade de acadêmicos também participaram do evento ou manifestaram seu apoio ao Great Reset.
Embora muitos detalhes sobre o Grande Reset não sejam divulgados até o Fórum Econômico Mundial se reunir em Davos em janeiro de 2021, os princípios gerais do plano são claros: O mundo precisa de novos programas governamentais maciços e políticas de longo alcance comparáveis às oferecidas por socialistas americanos como o Sen. Bernie Sanders e a Dep. Alexandria Ocasio-Cortez(ambos do Partido Democrata) em seu plano Green New Deal .
O Plano é antigo
Em Novembro de 2016 a WEF publicou em seu site um artigo cujo o título é: “Bem-vindo a 2030. Não possuo nada, não tenho privacidade e a vida nunca foi melhor“
O texto começa assim: “Bem-vindo ao ano de 2030. Bem-vindo à minha cidade – ou devo dizer, “nossa cidade”. Eu não possuo nada. Eu não tenho carro. Eu não tenho casa. Não possuo nenhum aparelho ou roupa….”, e segue em um tom que induz a ideia de que o capitalismo é ruim e que viver em um mundo onde o Estado provê tudo é bem melhor.
Ou, dito de outra forma, precisamos de uma forma de socialismo – uma palavra que o Fórum Econômico Mundial evitou usar deliberadamente, enquanto pedia incontáveis planos socialistas e progressistas.
Um dos principais temas da reunião de junho foi que a pandemia de coronavírus criou uma importante “oportunidade” para muitos membros do Fórum Econômico Mundial promoverem sua transformação radical do capitalismo, que eles reconheceram que provavelmente não seria possível sem a pandemia.
Pandemia, Causa ou Efeito?
“Temos uma oportunidade de ouro para aproveitar algo de bom dessa crise – suas ondas de choque sem precedentes podem tornar as pessoas mais receptivas a grandes visões de mudança”, disse o príncipe Charles na reunião , acrescentando mais tarde: “É uma oportunidade que nunca tivemos antes. e pode nunca ter novamente.”
Você pode estar se perguntando como esses líderes planejam convencer o mundo a alterar completamente sua economia a longo prazo, já que a pandemia do COVID-19 certamente não permanecerá uma crise para sempre. A resposta é que eles já identificaram outra “crise” que exigirá ampla intervenção do governo: a [tal] mudança climática.
“A ameaça da mudança climática tem sido mais gradual [do que o COVID-19] – mas sua realidade devastadora para muitas pessoas e seus meios de subsistência em todo o mundo, e seu potencial cada vez maior de perturbar, superam até o de Covid-19”, disse o príncipe Charles .
O plano está em andamento
É claro que esses funcionários do governo, ativistas e influenciadores não podem impor uma mudança sistêmica desse tamanho por conta própria. É por isso que eles já começaram a ativar vastas redes de ativistas de esquerda de todo o mundo, que ao longo de 2021 exigirão mudanças alinhadas com o Grande Reset.
De acordo com o Fórum Econômico Mundial, sua cúpula em Davos em 2021 incluirá milhares de membros da Comunidade Global Shapers, jovens ativistas localizados em 400 cidades em todo o planeta.
O programa Global Shapers esteve envolvido nas “greves climáticas” generalizadas de 2019 e mais de 1.300 já foram treinados pelo Climate Reality Project , a organização ativista climática altamente influente e bem financiada, administrada pelo ex-vice-presidente Al Gore, que atua no Conselho de Administração do Fórum Econômico Mundial .
Para piorar a situação, a esquerda já provou, ao longo da pandemia do COVID-19, que pode transformar radicalmente as realidades políticas em meio a uma crise, por isso não é difícil ver como o Grande Reset pode eventualmente se concretizar.
Perigo iminente
O príncipe Charles estava certo: a atual pandemia é uma “oportunidade de ouro” para mudanças radicais. E se Al Gore, o príncipe Charles e o resto do Fórum Econômico Mundial puderem convencer um número suficiente de pessoas de que, para tentar “impedir” as mudanças climáticas, vale a pena empurrar dramaticamente a humanidade em direção a um maior controle governamental, então será o fim da Liberdade no Mundo.
Para aqueles de nós que apoiam o mercado livre, o Grande Reset é nada menos que aterrorizante. Nosso atual sistema capitalista tem muitas falhas, com certeza, mas conceder mais poder aos agentes do governo que criaram esse sistema que acaba com os direitos de propriedade, liberdade e privacidade não é o melhor caminho a seguir.
Mario RosaNeto
Profissional deMarketing
Jornalista MTB36840